Exposição a agrotóxicos em agricultores do Movimento Sem Terra
DOI:
https://doi.org/10.5712/rbmfc2(6)33Palavras-chave:
Agrotóxico / efeitos adversos, Saúde OcupacionalResumo
Em 1993 agricultores do Movimento Sem-Terra ocuparam uma fazenda no sul do Brasil onde havia um depósito de agrotóxicos organoclorados. O objetivo desta investigação foi avaliar as condições de saúde dos agricultores expostos. Trata-se de um estudo epidemiológico do tipo descritivo transversal, com informação recordatória nos períodos: anterior ao acampamento (vida anterior a 1993), durante o acampamento (oito meses em 1993) e após o assentamento (até 1998). Para coleta dos dados foi elaborado um instrumento com questões de caracterização demográfica, história de exposição e de sinais e sintomas. Foram entrevistados 140 indivíduos trabalhadores adultos. A forma de exposição relatada foi o preparo, a aplicação dos produtos e/ou relato de trabalho em culturas determinadas. O desfecho estudado foram três ou mais sinais ou sintomas simultâneos após o relato de exposição. Os resultados apontam 16, 8 e 29 agricultores com relato compatível com o desfecho, antes, durante a ocupação e após o assentamento respectivamente. Os equipamentos de proteção individual foram rara e inadequadamente utilizados. Há evidências da necessidade de realização de estudos posteriores visando à compreensão dos efeitos da exposição aos agrotóxicos e indicam a necessidade da elaboração de programas educativos para serem desenvolvidos junto a agricultores para a prevenção das intoxicações.
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