TY - JOUR AU - Alcocer, Fatima Elisa D’Ippolito AU - Bignotto, Karoline Baruque AU - Barbosa, Guilherme de Sousa PY - 2022/04/24 Y2 - 2024/03/28 TI - Abordagem psicossocial às perdas gestacionais na Atenção Primária à Saúde JF - Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade JA - Rev Bras Med Fam Comunidade VL - 17 IS - 44 SE - Artigos de Revisão Clínica DO - 10.5712/rbmfc17(44)2927 UR - https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/2927 SP - 2927 AB - <p><strong>Introdução:</strong> Perdas gestacionais são eventos comuns na vida reprodutiva. Tendo em vista a dificuldade individual e profissional de lidar com o sofrimento mental que ocasionam, indaga-se sobre a escolha da técnica, a periodicidade e o modo de execução das abordagens que melhor se adequariam ao enfrentamento dessa situação. Sendo assim, esta revisão clínica tem como objetivo avaliar a literatura recente acerca do tema e buscar as melhores evidências científicas em relação à abordagem psicossocial a essas perdas. <strong>Métodos:</strong> Foram utilizadas palavras-chave determinadas pelo <em>Medical Subject Headings</em> (MeSH) para selecionar títulos de estudos nas bases de dados: PubMed, ACCESSSS, <em>British Medical Journal</em> (BMJ), DYNAMED, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Os critérios de inclusão foram: ano de publicação entre 2010 e 2020; tipo de estudo (metanálise, revisão sistemática, ensaio clínico randomizado, ensaio clínico não randomizado, coorte ou caso controle); não abordar abortamento induzido; estar em inglês, português ou espanhol; ser passível de ser encontrado na íntegra. <strong>Resultados:</strong> Foram encontrados 28 artigos, que tiveram seus resumos avaliados; 14 foram excluídos e 14 lidos na íntegra. No fim, nove estudos foram incluídos nesta revisão. Foi possível observar que sintomas psicológicos são frequentemente apresentados após perdas gestacionais, que há diversas maneiras de acessar esses dados e que não há consenso sobre qual a melhor intervenção a ser feita. Além disso, em homens e casais homossexuais, há maior chance de invisibilidade do sofrimento e menor abordagem de luto por profissionais de saúde. <strong>Conclusão:</strong> Na falta de consenso sobre quais intervenções apresentam melhores resultados, recomenda-se o rastreamento de sofrimento mental e o compartilhamento da decisão com as partes envolvidas.</p> ER -