Uma experiência de empoderamento de mulheres na Atenção Primária à Saúde

Autores

  • Carla Luiza Oliveira Pontifícia Universidade Católica - PUC Minas São Gabriel.
  • Elisane Adriana Santos Rodrigues Prefeitura Municipal de Belo Horizonte - MG
  • Gislaine Alves de Souza Pontifícia Universidade Católica - PUC Minas São Gabriel.
  • Jacqueline dos Santos Silva Prefeitura Municipal de Belo Horizonte
  • Josiane Aparecida Silva Dias Prefeitura Municipal de Belo Horizonte
  • Leticia Goncalves Pontifícia Universidade Católica - PUC Minas São Gabriel.
  • Luciana Kind Pontifícia Universidade Católica - PUC Minas São Gabriel.

DOI:

https://doi.org/10.5712/rbmfc6(21)325

Palavras-chave:

Saúde Pública, Mulheres, Autonomia Pessoal, Processos Grupais

Resumo

Este artigo apresenta a análise de uma prática de estágio realizada em um Centro de Saúde, localizado no Distrito Sanitário Norte de Belo Horizonte. O objetivo central da prática era promover iniciativas de mobilização e discussões políticas entre mulheres moradoras da região abrangida pelo centro de saúde. No decorrer dos encontros foram produzidas discussões, tendo como pano de fundo relações de gênero, abordando-se temas como violência, saúde da mulher, divisão de trabalho, valorização das mulheres, construção de papéis sociais e direitos humanos. A prática foi nomeada como “Movimento de Mulheres” pelas próprias integrantes, em um dos encontros iniciais. O trabalho é inspirado em metodologias participativas e na compreensão de grupo como dispositivo, sobretudo no que diz respeito à coconstrução das ações em saúde. Os conceitos de gênero e empoderamento foram norteadores das reflexões e ações. Os encontros ocorreram quinzenalmente, com duração média de uma hora e meia cada. Havia aproximadamente 12 mulheres por encontro entre usuárias, estagiárias e agentes comunitárias de saúde. Como tentativa de articulação, em dois dos encontros esteve presente uma conselheira municipal de saúde, quando se discutiu o papel das mulheres na mobilização social. A prática se revelou como um importante dispositivo de integração, uma vez que aproxima e corresponsabiliza universidade, serviço e comunidade na construção das ações.

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Biografia do Autor

Elisane Adriana Santos Rodrigues, Prefeitura Municipal de Belo Horizonte - MG

Enfermeira (UFMG), Especialista em Saúde da Família (NESCON/UFMG), Pós-graduanda em Administração Pública com Ênfase em Gestão de Pessoas (FJP), Gerente do Centro de Saúde Lajedo (PBH).

Gislaine Alves de Souza, Pontifícia Universidade Católica - PUC Minas São Gabriel.

Psicóloga pela  PUC Minas São Gabriel.

Jacqueline dos Santos Silva, Prefeitura Municipal de Belo Horizonte

Agente Comunitária de Saúde do Centro de Saúde Lajedo, do Distrito Sanitário Norte de Belo Horizonte

Josiane Aparecida Silva Dias, Prefeitura Municipal de Belo Horizonte

Agente Comunitária de Saúde do Centro de Saúde Lajedo, do Distrito Sanitário Norte de Belo Horizonte

Leticia Goncalves, Pontifícia Universidade Católica - PUC Minas São Gabriel.

Psicóloga - mestranda pelo Programa de Pós-graduação em Psicologia da PUC Minas. Membro do Colegiado gestor do Núcleo ABRAPSO BH

Luciana Kind, Pontifícia Universidade Católica - PUC Minas São Gabriel.

Doutorado em Saúde Coletiva pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brasil (2007)
Professor Adjunto III da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais , Brasil

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Publicado

2012-01-06

Como Citar

1.
Oliveira CL, Rodrigues EAS, Souza GA de, Silva J dos S, Dias JAS, Goncalves L, Kind L. Uma experiência de empoderamento de mulheres na Atenção Primária à Saúde. Rev Bras Med Fam Comunidade [Internet]. 6º de janeiro de 2012 [citado 20º de abril de 2024];6(21):283-7. Disponível em: https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/325

Edição

Seção

Relatos de Experiência

Plaudit