A relação médico-paciente e a formação de novos médicos: análises de vivências de hospitalização

Autores

  • Igor Bruno Chinato Universidade do Oeste de Santa Cataria (UNOESC).
  • Carmen Lúcia D'Agostini Universidade do Oeste de Santa Cataria (UNOESC).
  • Roberto Reinert Marques Universidade do Oeste de Santa Cataria (UNOESC).

DOI:

https://doi.org/10.5712/rbmfc7(22)289

Palavras-chave:

Relações Médico-paciente, Estudantes de Medicina, Educação Médica

Resumo

O estudo e o ensino da relação médico-paciente é uma estratégia valiosa para promover o encontro com valores fundamentais ao ser médico, além de superar o desencontro da medicina com sua essência. A criação de oportunidades para o desenvolvimento de habilidades de comunicação e promoção de empatia é fundamental para a educação médica, tanto no cenário da assistência primária ao paciente, na medicina familiar e comunitária, bem como em ambientes hospitalares, uma vez que são conhecimentos transversais. O objetivo principal deste estudo é desvendar as percepções dos estudantes do Curso de Medicina da Universidade do Oeste de Santa Catarina sobre a Vivência Hospitalar, atividade prática de ensino do componente curricular Relação Médico-paciente, no qual os alunos passam um dia internados no hospital escola para conhecerem de maneira prática como é ser um paciente. O método utilizado foi o de análise de conteúdo dos relatórios de internação, com abordagem qualitativa e quantitativa. O instrumento de pesquisa foram os relatórios de internação realizados pelos estudantes, com amostragem de 225 relatórios. Depois do processo de leituras e codificação das expressões-chave, bem como a contagem da frequência com que essas expressões se repetiam, os resultados puderam ser agrupados em categorias principais de significados que coincidem com os temas mais relevantes que surgiram após o processo de leitura e análise. As categorias são: sintomas, sentimentos, interações com outros pacientes, interações com o hospital escola, empatia, avaliação da experiência e “os alunos-pacientes”. Foi possível concluir que a atividade pode ser uma ferramenta importante para a união da teoria e prática durante o ensino de técnicas de comunicação interpessoal e das relações entre médicos e pacientes.

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Biografia do Autor

Igor Bruno Chinato, Universidade do Oeste de Santa Cataria (UNOESC).

Acadêmico do quinto ano do Curso de Medicina da Universidade do Oeste de Santa Catarina, Campus I, Joaçaba, Santa Catarina.

Carmen Lúcia D'Agostini, Universidade do Oeste de Santa Cataria (UNOESC).

Psicóloga e Professora do componente curricular Relação Médico Paciente do Curso de Medicina da Universidade do Oeste de Santa Catarina, Campus I, Joaçaba, Santa Catarina.

 

Roberto Reinert Marques, Universidade do Oeste de Santa Cataria (UNOESC).

Médico e Professor do componente curricular Relação Médico Paciente do Curso de Medicina da Universidade do Oeste de Santa Catarina, Campus I, Joaçaba, Santa Catarina.

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Publicado

2012-03-20

Como Citar

1.
Chinato IB, D’Agostini CL, Marques RR. A relação médico-paciente e a formação de novos médicos: análises de vivências de hospitalização. Rev Bras Med Fam Comunidade [Internet]. 20º de março de 2012 [citado 19º de abril de 2024];7(22):27-34. Disponível em: https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/289

Edição

Seção

Artigos de Pesquisa

Plaudit