Envelhecimento, finitude e morte
narrativas de idosos de uma unidade básica de saúde
DOI:
https://doi.org/10.5712/rbmfc15(42)2195Palavras-chave:
Envelhecimento, Morte, Finitude, Atenção primária à saúde, Estratégia saúde da família.Resumo
O presente estudo, de caráter qualitativo, descritivo e exploratório, teve como objeto central estudar, através das suas narrativas, a percepção de idosos ativos, com idade de sessenta anos ou mais, sobre aspectos relacionados ao envelhecimento, à finitude e à morte. O objetivo principal foi explorar como estas temáticas poderiam ser abordadas por médicos de família e comunidade e outros profissionais de saúde na Atenção Primária (AP), e desta forma contribuir para um cuidado mais adequado às pessoas e às famílias, em relação à vivência destas últimas etapas da vida. Foram realizadas e gravadas 10 entrevistas com uma amostra de idosos acompanhados em uma Clínica da Família do Rio de Janeiro. A seguir, foram transcritas para estudo por análise de conteúdo segundo Bardin, tendo por base categorias previamente definidas conforme estruturação do questionário aplicado nas entrevistas. Percebeu-se uma necessidade de os idosos conversarem sobre esses temas, mas há carência de espaços para reflexões sobre morte e, principalmente, sobre envelhecimento. Em relação a este, foram obtidos relatos interessantes sobre a diferenciação entre envelhecer e ficar velho. Avalia-se que este estudo trouxe reflexões relevantes sobre a temática além de contribuições para a formação de profissionais e o desenvolvimento de atividades no âmbito da AP e dos Cuidados Paliativos em assuntos relacionados à abordagem de pessoas e famílias passando por situações de envelhecimento, finitude, proximidade da morte e da própria morte, em si.
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